Vicent Maher, ex-diretor do New Media Lab da Universidade de Rhodes e atualmente estrategista do Mail & Guardian Online, pergunta se não é chegada a hora de “se meter um potapé nos dentes” da Web 2.0 e enterrar o conceito. Ele se apressa a dizer que NÃO está falando de aplicativos que possam ser chamados de Web 2.0, mas do conceito, que ele considera ter sido apropriado pelo marketing e esvaziado de qualquer possível poder explicativo.
Segundo Maher, qualquer pessoa que tenha lido alguma coisa sobre a discussão em torno da Web 2.0 percebe que a idéia “resiste a definições sucintas de qualquer tipo”. Ele sugere que se revisite o agregado de definições proposto por Dion Hinchcliffe como um ponto de partida ilustrativo da polissemia em torno da idéia. Para Maher, fica claro que Web 2.0 é um exemplo do que a teoria linguística e literária caracteriza como significante deslizante (sliding signifier). A única maneira de tentar definir o conceito é agregando-lhe mais significado do que originalmente se pretendia, até que se chega a um ponto em que já não ficam mais traços da idéia original.
Leia a postagem de Maher em Media in Transition.

marcos palacios