“Quando se trata de criticar a imprensa, nós somos os primeiros. Por isso é que, nessa circunstância específica que estamos vivendo, eu lhe digo: a imprensa não merece esse linchamento”.

Em entrevista a Carol Cantarino (foto de Flávio Mello) no ComCiência, Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, análisa a atuação da média em episódios recentes.

“É o negócio do aprendiz de feiticeiro. Começaram a diabolizar a imprensa e, de repente, você tem todo um segmento grande já querendo linchar. Eu estou sendo linchado. Nós do Observatório da Imprensa que recebemos uma quantidade razoável de e-mails diários, não estamos conseguindo dar conta pelo volume e, sobretudo, pela selvageria. De mim, o que já disseram… E eu nunca escrevi nada contra ninguém. Isso ofende quem? Os militantes porque, para eles, a imprensa é golpista porque isso foi dito e martelado durante três meses. Aliás, vem sendo martelado desde o mensalão. Hoje o Tarso Genro está em todos os jornais dizendo que há um núcleo autoritário na militância do PT, mas o dia em que ele veio ao OI, ele reconheceu que tinha exagerado num manifesto que escreveu quando era presidente do PT. Isso ele me disse ao vivo, no programa. Então você fica diabolizando e, evidentemente que, quando tem um estouro, as pessoas perdem as estribeiras. A teoria do linchamento, do estouro da manada, é uma realidade científica.”
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marcos palacios