Uma postagem de Mario Cavalcanti, no Jornalistas da Web, leva a uma notícia na BBC sobre uma nova pesquisa realizada pela Jupiter Research, com cinco mil usuários, em cinco países da Europa, medindo e comparando o tempo de permanência online com o tempo de consumo de revistas e jornais impressos e de uso da TV. O tempo médio de permanência na Web dobrou nos últimos três anos, passando para quatro horas semanais.
Mais uma pesquisa?
Correto…
Confirmando que os jovens são os que passam mais tempo online?
Correto…
Que os de mais de 60 e mais anos são os que gastam mais tempo com jornais impressos?
Correto…
Que há uma correlação entre crescimento da banda larga e tempo de permanência na Web?
Correto…
Que a Internet cresce às custas do impresso e da TV?
Incorreto!
Na verdade, o consumo de jornais impressos se manteve nos mesmos níveis de 2003 (três horas semanais), enquanto o consumo de TV subiu de 10 para 12 horas no mesmo período.
Mas o ponto principal a ser notado: a comparação é entre consumo de produtos impressos jornalísticos (jornais e revistas), tempo de permanência online e tempo de uso da televisão. A questão é que, obviamente, quem assiste televisão não está, necessariamente, consumindo informação jornalística. Muitíssimo menos quando se está Online. Quem navega pela Internet, usa a Web para trabalhar, jogar, namorar, estudar, comprar, etc, etc, etc.
Eventualmente até mesmo para ler um jornal online…
Sem detalhar que tipos de conteúdos estão sendo acessados durante a permanência online e durante o tempo passado em frente à TV, a pesquisa está comparando alhos e bugalhos.

Os links estão no JW.

marcos palacios