Alberto Cairo, ex-diretor do departamento de infografia do El Mundo online e atualmente professor de jornalismo na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, considera a infografia como um “gênero jornalístico” e como um formato mais adequado do que o texto para transmitir “dados frios”.

“Não se pode contar uma história com interesse humano através de uma infografia. No caso do acidente de metro que houve em Valência onde morreram 42 pessoas, a infografia não permite contar como as famílias das vítimas experimentaram a tragédia. Por outro lado, a infografia é muito melhor para explicar por que é que o comboio descarrilou, por que chocou, onde chocou, quanta gente morreu, quanta gente está viva. A infografia é muito melhor para transmitir os dados frios, os dados duros.”

Para ele, o conhecimento teórico é menos importante que o tecnológico, na hora de se buscar trabalho como jornalista:

“Pesa mais o conhecimento tecnológico do que o conhecimento teórico. No caso de ter de contratar alguém para o meu departamento de infografia, vou contratar a pessoa que saiba manejar as ferramentas, mesmo que num nível muito básico, mas que seja também um bom jornalista. Não contrataria nunca alguém que não soubesse manejar ferramentas”

A entrevista completa de Alberto Cairo está no JornalismoPortoNet.

marcos palacios